A Óptica do Estado. Visualidade e Poder na Argentina e no Brasil

Rio de Janeiro: Editora UERJ, 2014.

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As sociedades se exibem com frequência, como também são alvo de representação, e vale a pena atentar para esse recorte específico que, ao mesmo tempo, abre um mundo de alusões. O objetivo do livro é, pois, tomar o Estado como uma forma visual privilegiada; uma maneira de olhar, isso sem deixar de considerar os objetos que comandam essa observação. Trata-se de uma mudança de “perspectiva”, nos termos de E. Panofsky, uma meditação sobre discursos de visualidade enquanto discursos de verdade, para importarmos os termos de Michel Foucault. E Jens Anderman investe de fato nesse processos de constituição de visualidade e de invisibilidades, sobretudo no contexto do final do século XIX e início do XX, quando nesses Estados se apresentam novos discursos nacionais, que articulam, de maneira privilegiada, natureza e história. […] Escrito com um estilo implacável, com sabor de crônica saborosa, A Óptica do Estado é obra que se lê sem querer parar. A pesquisa é também primorosa eo autor nos presenteia com documentos que, se não são novos, são revisitados com muita originalidade.

Lilia Moritz Schwarcz, Universidade de São Paulo

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